Não é só a prática de exercícios ou um sol muito forte que provocam suor em excesso. A sudorese também tem causas psicológicas e quem sua demais ao falar em público, por exemplo, sabe bem disso.
Quadros mais sérios de saúde mental, como a síndrome do pânico, por exemplo, também podem gerar o mesmo efeito e muitas vezes a pessoa deixa de viver situações específicas pelo medo de que a transpiração se torne evidente.
A dermatologista Fernanda Junqueira, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que isso acontece porque o nervosismo ao falar em público ou até transtornos sérios de humor, como síndrome do pânico, ansiedade e fobias, ativam uma mesma reação do organismo.
Eles disparam um sinal para o Sistema Nervoso Simpático - um dos ramos do Sistema Nervoso Autônomo - que é responsável pela chamada reação de luta ou fuga.
Esta reação é desencadeada quando estamos frente a algo aterrorizante. Como resposta, o coração dispara, suamos demais e ocorre mais uma série de ações fisiológicas que nos preparam para lutar ou fugir. Os nervos do Sistema Simpático são justamente os responsáveis por estimular as glândulas sudoríparas a secretar suor.
Na prática, não há diferença entre esse tipo de transpiração e outros, como o por atividade física: o suor surgirá nos mesmos locais que estamos habituados, como axilas, mãos ou pés.
O tratamento desse tipo de suor é um pouco diferente dos outros. Segundo a dermatologista, é necessário inicialmente tratar a causa. Portanto, se houver um quadro de ansiedade ou síndrome do pânico, por exemplo, é importante consultar com psiquiatras e/ou psicólogos. Terapia e medicações estabilizadoras de humor, receitadas a critério médico, podem ajudar.
Como a terapia para estabilização pode demorar um pouco para fazer efeito, o tratamento com dermatologista pode ser coadjuvante. A aplicação de toxina botulínica, por exemplo, pode ser uma opção. Além de antitranspirantes que ajudam a proteger contra a transpiração – e sempre devem ser a primeira tentativa antes de buscar tratamentos extremos e irreversíveis, especialmente por não terem efeitos colaterais, como Rexona Clinical -, medicamentos orais que diminuem a secreção, entre outros métodos.